domingo, agosto 29, 2004

Sala de espera

Esta noite, estive cerca de 3 horas na sala de espera do Serviço de Urgência de um hospital à periferia do grande Porto, por motivos que não vêm aqui ao caso. Por força da minha profissão e graças a nunca ter tido problemas de saúde de maior, estou muito mais habituado a estar do outro lado da porta da urgência. Venho aqui dar conta de uma experiência ... digamos perturbante mas também enriquecedora. O grupo de palavras mais usado era, de longe, o palavrão, maioria das vezes para classificar o corpo médico; muitas outras apenas a propósito (ou despropósito) de uma qualquer coisa. Desde manifestações de flatulência que alertavam pelo menos 2 dos 5 sentidos, passanto por eructações (o velho arroto!) até cuspidelas janela fora vi um pouco de tudo. Marcantes foram também os diversos raciocínios e conceitos médicos que as mais diversas entidades presentes naquela sala emanavam. Estes provocavam em mim uma estranha alternância entre uma vontade de rir quase incontrolável e um súbito impulso de cortar os pulsos (que a custo consegui evitar). Ao ponto de, a certa altura da noite, um digno utente se indignar por a máquina de distribuição automática não ter Super-Bock (que me desculpem as outras respeitáveis marcas) e começar a fumar um belo dum cigarro, não obstante os vários e grandes sinais de proibição.
Foi sem dúvida uma noite de Sábado ... diferente!

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