sexta-feira, março 11, 2005

Vida

Era noite, penumbra! O dia de trabalho e de estudo, polvilhados aqui e além de tarefas domésticas, estava cumprido. Do chão, o mesmo vazio que um dia há-de receber o sofá, contemplo o céu: negro, sem estrelas, escuridão serena que, ao invés de oprimir, parece libertar o pensamento, dar-lhe rédea solta. Vinda do portátil, num tom baixo, só para mim, chega a música, inunda a sala numa nuvem de acordes, que me eleva. Ia jurar que o fazia fisicamente:

(...)E uma asa voa
A cada beijo teu
Esta noite sou
Dono do céu
E eu não sei
Quem te perdeu.

Ao longe, as feições modernas da Torre das Antas, trazem-me ao pensamento que amanhã a vida continua. Decido ir dormir e penso: às vezes a vida não é boa nem má - é vida!

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