quarta-feira, agosto 31, 2005

Cavalos, apostas e a vida

Há alturas da vida em que uma pessoa sente que apostou em todos os cavalos errados. Uns caem poucos metros depois da partida, outros nem sequer se dignam correr por nós, outros ainda – tão estimados e acarinhados que foram, a quem tanto demos – afastam-se da corrida talvez cansados de outras corridas, ocupados com outros apostadores … Por fim, cavalos há que, ainda que relativamente em forma, parecem nunca mais cortar a meta tão (ou tão pouco) merecida e desejada (isso sim, o mais possível).
Mas não … não pode ser verdade: ninguém, nenhum ser humano, pode estar tão enganado durante tanto tempo.
Há que fazer pela vida: há que, pelo menos, alimentar a ilusão que não nos enganamos nos cavalos.

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