Desporto Nacional
Acabaram os JO. A nossa participação saldou-se por 3 medalhas, 10 diplomas olímpicos. Deixo a cada um o trabalho de ajuizar a qualidade da prestação.
Tinha prometido falar dos atletas cujas prestações tivessem sido menos positivas. Vou mencionar, apenas, a vergonhosa e embaraçosa equipa de futebol e o Manuel Silva (3000m obstáculos) - este pela rábula que nos proporcionou depois da prova. Isto porque, muito mais que ganhar medalhas, acho que é preciso termos dignidade.
Queria deixar agora algumas reflexões sobre o desporto em Portugal:
Tinha prometido falar dos atletas cujas prestações tivessem sido menos positivas. Vou mencionar, apenas, a vergonhosa e embaraçosa equipa de futebol e o Manuel Silva (3000m obstáculos) - este pela rábula que nos proporcionou depois da prova. Isto porque, muito mais que ganhar medalhas, acho que é preciso termos dignidade.
Queria deixar agora algumas reflexões sobre o desporto em Portugal:
- vivemos numa cultura de quase mono-modalidade, na qual o futebol (que eu tanto aprecio) monopoliza quase toda a atenção do público e dos media.
- é bastante difícil proporcionar aos jovens a oportunidade de praticarem um desporto que não o futebol (e mesmo no futebol a maioria das infra-estruturas está reservada a determinadas elites - é raro encontrarmos um campo público onde se possa livremente fazer desporto). Este facto é ainda agravado pela fraca qualidade da Educação Física nas escolas (o que felizmente e, graças a uma nova geração de professores tem vindo a mudar). Todos conhecemos a velha cena do "peguem lá a bola de futebol que vou para ali ler o jornal". Ora, ninguém pode gostar de praticar Ginástica Artística ou de fazer salto em altura, se nunca experimentou.
- para um país ter, de forma consistente, atletas de elite em diversas modalidades é necessária a existência de 2 requisitos prévios: condições para a prática dessas modalidades (... não há) e um grande número de praticantes de base, o que no caso de Portugal é ainda condicionado pela nossa (pequena) dimensão.
Para mim, muito mais que ganharmos medalhas em competições internacionais importava que fosse possível praticar desporto de forma maciça e transversal na sociedade. Desta forma as medalhas e os grandes resultados seriam uma consequência quase natural e não uma exigência, muitas vezes sem cabimento, sobre um restrito grupo de privilegiados.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial