sábado, setembro 24, 2005

Pensamentos Nostálgicos III - do primeiro orgulho olímpico


Estava a dormir: àquela hora uma criança de 8 anos não é suposto estar acordado. Ao contrário do que me tinha prometido o meu irmão mais velho não me tinha acordado para ver a maratona. Felizemente, não lhe teria perdoado se não o tivesse feito, acordou-me quando faltava muito pouco para o final da prova. Ensonado, vejo aquela portuguesa magrita que conhecia da televisão: ia sozinha a correr e as pessoas aplaudiam. O meu irmão informa: "vai em primeiro!". Rosa Mota entra num estádio ao rubro faz a curva, entra na meta de braços no ar. Nesse momento senti o meu primeiro orgulho olímpico. O país a que pertencia estava a ganhar uma medalha de oura naquela coisa megalomana que eu andava a acompanhar na televisão. Nunca hei-de esquecer o sorriso honesto de Rosa Mota com a Nossa bandeira pela pista e, pela pista, atletas asiáticas a cair como tordos de cansaço! Talvez tenha nascido ali, naquele preciso momento, a minha paixão pelo atletismo... A este muitos outros momentos de orgulho se sguiram. Realço, por ter sido particularmente emocionante, a forma como Rernanda Ribeiro nos últimos 200 metros, em plena curva, começa a papar a chinesa Wang Xunjia, que tinha ganho ouro nos 5000 metros: lembro-me que me arrepiei! Desta vez estavamos em Altanta, ano de 1996.

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