sexta-feira, dezembro 17, 2004

Sala de espera cor-de-rosa

No outro dia, enquanto esperava (e quase desesperava) na sala de espera do meu dentista, lá me fui dedicando àquilo que, mais tarde ou mais cedo nestas circunstâncias, toda a gente se dedica: ler revistas “cor-de-rosa” com meses de atraso!
Dos inúmeros disparates, futilidades e parvoíces que lá se podiam ler, duas me chamaram a atenção. A primeira delas anunciava que Toy – esse vulto do panorama musical português – iria visitar os militares da GNR destacados no Iraque! – Mas então é assim que pagamos àqueles compatriotas ao serviço da nação?! – Medo!
A segunda, prende-se com uma individualidade que participa numa quinta que, por acaso e vá-se lá saber porquê, “passa” na televisão. Não fosse isto já suficientemente aterrador, a dita individualidade também “escreve” numa dessas revistas. Foi-me muito, mas mesmo muito, difícil ler a sua “crónica” – perdoem-me os cronistas – até ao fim e controlar o reflexo do vómito. Nunca vi nada tão avassaladoramente fútil, desconexo da realidade, inarticulado … sem palavras! Por entre inúmeros estrangeirismos, usados a (des)propósito de tudo e de nada, nenhuma das frases levava a conclusão alguma, a cada fim de parágrafo a perplexidade de continuar a achar que não habitava o mesmo planeta que o autor daquilo… De tão atordoado, quase não precisei de anestesia!

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