terça-feira, novembro 30, 2004

Sete palmos

Há muito tempo quee ando para falar sobre isto: «Sete palmos de terra» («Six feet under»)!
Quando esta série passava à semana na dois:, nunca tinha tempo de ver e acabei por não ligar muito ao assunto. No entanto, uns largos Sábados atrás cheguei a casa cedo, depois de tomar um café com os amigos, meti-me na cama e liguei a TV. Então, comecei a ver a tal série que me tinha passado ao lado. Fiquei impressionado e, confesso, com um pouco de remorsos até por ter andado a perder aquilo.
O argumento desenrola-se em torno de uma família americana que gere uma funerária (americana é importante porque a forma como eles lidam com os funerais é bastante diferente). Os episódios começam sempre com o relato da morte de alguém cujo funeral vai passar pelas “mãos” desta família. A partir desta base, a série explora de uma forma simples e enternecedora as relações dos personagens com o “mundo”, os laços familiares entre eles e, quase sem que nos apercebamos, a temática da morte. O mais curioso de tudo é que, estando o núcleo dramático relacionado com a morte, não raras vezes dou comigo a rir com o inusitado das situações levadas a cena.
Para os que, depois de lerem este post, fiquem interessados em ver a série mas receiem já não perceber o enredo, aqui vai um ponto da situação:

O pai (1), morto. Aparece em algumas cenas alegóricas, em diálogos com os familiares.
Ruth (2), a viúva. Já fez o luto e agora acha que é tudo perfeitamente normal. Tem um caso “sexual” com o senhor de origem russa que lhes vende as flores.
Nate (3), o filho mais velho. Namora com Brenda. Descobriu recentemente que tem uma mal-formação artério-venosa cerebral, que esconde da família, e está em processo de avaliação da sua existência.
David (4), filho do meio. Homossexual, recentemente assumido, em fase de “cio”.
Claire (5), a filha mais nova. Adolescente rebelde e algo problemática. Tem agora um namorado que não ajuda muito …
Federico (6), o empregado sul-americano da família. Perito em tratamento dos corpos.
Brenda (7), a namorada de Nate. É uma personagem invulgar, pouco convencional, com uma infância perturbada.

Vale a pena, sigam o meu conselho: um destes Sábados à noite - se chegarem mais cedo ou se tiverem ficado por casa - deixem-se “embeber” nesta série que, além do mais, é majestosamente filmada. A mim reconforta-me imenso ver antes de adormecer (e tem a vantagem de dar 2 episódios seguidos)!

Sábado, dois: 00:30

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