quarta-feira, setembro 28, 2005

Enigma 16

Fala de soberanos o enigma
Que de novo venho propor
Assim peço às musas inspiração
Para que possa fazer furor.
O primeiro soberano
Trata-se de um imperador
Que do mar haveria de vir
Para a ordem no país repor.
É hora de outro soberano,
Irmão do primeiro senhor,
Entrar à baila desta história
Ele que também foi Prior.
Este segundo de que vos falo
É a ponte que estava a faltar
Já que, por terras da soberania do terceiro,
Se haveria de refugiar.
Chegados ao 3º soberano deste passeio
Digo-vos que o terceiro, sendo o último
É também primeiro, Imperador
Neste já longo devaneio.
Faltam só dois passos
Até à solução final
Sigam este último soberano
Até ao seu leito mortal.
Estamos de novo no mar
Por terras de admirar
Só precisam de inferir
Quem houvera de as descobrir!

PISTAS EXTRAS
Nesta história nem todos os soberanos são lusos
Não se deixem enganar ...
O terceiro, último que também é primeiro
Até acabou por subir ao altar!
As terras que ligam o segundo ao terceiro
São ideais para dançar
Sigam a música que há no coração
E acabarão por lá chegar.
Então se já sabem o primeiro e o segundo
Se já sabem de onde vem o terceiro (que é I) ...
Será que estão a virar costas ao altar
E o enigma não querem decifrar?!

sábado, setembro 24, 2005

Pensamentos Nostálgicos III - do primeiro orgulho olímpico


Estava a dormir: àquela hora uma criança de 8 anos não é suposto estar acordado. Ao contrário do que me tinha prometido o meu irmão mais velho não me tinha acordado para ver a maratona. Felizemente, não lhe teria perdoado se não o tivesse feito, acordou-me quando faltava muito pouco para o final da prova. Ensonado, vejo aquela portuguesa magrita que conhecia da televisão: ia sozinha a correr e as pessoas aplaudiam. O meu irmão informa: "vai em primeiro!". Rosa Mota entra num estádio ao rubro faz a curva, entra na meta de braços no ar. Nesse momento senti o meu primeiro orgulho olímpico. O país a que pertencia estava a ganhar uma medalha de oura naquela coisa megalomana que eu andava a acompanhar na televisão. Nunca hei-de esquecer o sorriso honesto de Rosa Mota com a Nossa bandeira pela pista e, pela pista, atletas asiáticas a cair como tordos de cansaço! Talvez tenha nascido ali, naquele preciso momento, a minha paixão pelo atletismo... A este muitos outros momentos de orgulho se sguiram. Realço, por ter sido particularmente emocionante, a forma como Rernanda Ribeiro nos últimos 200 metros, em plena curva, começa a papar a chinesa Wang Xunjia, que tinha ganho ouro nos 5000 metros: lembro-me que me arrepiei! Desta vez estavamos em Altanta, ano de 1996.

quarta-feira, setembro 21, 2005

Quem é vivo ...


... sempre aparece!

PS: depois de tomar conhecimento de partes do despacho que colocou a senhora em liberdade e depois de um excelente comentário de um leitor sinto-me tentado a mudar para "Quem é vivo ... alegadamente aparece!"

domingo, setembro 18, 2005

Cá para mim ...

... os debates políticos vão passar a ser constituídos por:
  1. Imitação de peidos!
  2. Concurso de arrotos!
  3. Lançamento do escarro!

Já faltou mais...

quinta-feira, setembro 15, 2005

Da quase perfeição II

aqui pensei sobre coisas que roçam a perfeição. Há, de facto, uniões que estão condenadas ao sucesso. Desta vez trago as palavras de Zeca Afonso unidas a mais uma grande voz feminina da colorida palete de tons femininos lusos- Mariza! À simplicidade tocante e densa das letras que o poeta juntou, num misto de ode à realidade, junta-se a densidade simples de uma voz plena de recursos! Da letra destaco os laivos de sabedoria popular e mensagem humanitária subentendida, da voz ... que destacar?! Oiçam...

Menino do Bairro Negro

Olha o sol que vai nascendo,
Anda ver o mar,
Os meninos vão correndo
Ver o sol chegar
Menino sem condição
Irmão de todos os nus
Tira os olhos do chão,
Vem ver a luz
Menino do mal trajar
Um novo dia lá vem
Só quem souber cantar
Virá também
Negro, Bairro negro, Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção
Olha o sol que vai nascendo...
Se até dá gosto cantar
Se toda a terra sorri
Quem te não há-de amar Menino a ti?
Se não é fúria a razão
Se toda a gente quiser
Um dia hás-de aprender
Haja o que houver
Negro bairro negro,Bairro negro
Onde não há pão
Não há sossego
Menino pobre o teu lar
Queira ou não queira o papão
Há-de um dia cantar
Esta canção
Olha o sol que vai nascendo
Anda ver o mar

segunda-feira, setembro 12, 2005

Aí vem a Amarela


Depois de tanta polémica (mais ou menos saloia) dia 17 (Sábado) abre a Linha Amarela, ainda que, para já, truncada em ambas as pontas. 'Tou que nem posso de contente: vou ganhar a mobilidade que sempre desejei! Com o provincianismo que me caracteriza, nesse dia lá estarei eu a experimentar!

segunda-feira, setembro 05, 2005

Náuseas

Sou eu que tou a confabular, ou sente-se uma espécie de sentimento latente no discurso de alguma ala intelectualóide nacional que, sobre a catástrofe de New Orleans pensam: "peguem lá, calha a todos"?
It makes me really sick!