Os leitores dos «Pensamentos Diversos» escolheram como música para servir de "Sons do Pensamento", com 56 % dos votos (14/25), o tema «The Piano» de Michael Nyman.
A partir de hoje será essa a música que receberá as vossas visitas neste Blog.
Aqueles que, como eu, andam encatados com o tema «Lane Moje» têm também à sua disposisção um botão para que possam ouvir sempre que quiserem. É fácil: basta fazer "stop" no botão correspondente ao tem «The Piano» e "play" no «Lane Moje».
Ontem cheguei à conclusão que se devia realizar uma reunião de consenso antes de se cantar os parabéns aos aniversariantes nas festas! Eu passo a explicar. Sempre que a canção de «Parabéns», que visa felicitar o aniversariante, chega à parte do "para o(a) X uma slava de palmas" é uma tragédia pegada! Ainda ontem, na festa da Fernanda, chegados à famigerada parte da música ouviu-se (em total desafino) o seguinte conjunto de coisas:
para a "nanda"
para a "nandinha"
para a tia "nanda"
para a Fernanda
para a menina "nanda" ... uma salva de palmas.
E digo já que eramos só 10 pessoas a cantar!
Sinceramente, acho que ela percebeu que tudo aquilo lhe era dedicado. Mas talvez fosse aconselhável chegar a um acordo prévio quanto ao verdadeiro nome da aniversariante! :P
Tenho dado comigo a pensar que uma só vida é capaz de ser altamente limitante.
Ando com isto no pensamento há algum tempo. Não que esteja insatisfeito com o rumo que escolhi para esta – tristemente única – vida mas, sucede que ainda não houve tempo para que produza os resultados e os sonhos (bem sei que também alguns pesadelos) se tornem realidade. Mais, acontece também, que há tanta coisa que me apetece fazer: o mundo, tal como os pensamentos, é diverso!
Mas, voltando ao ridículo número de vidas que temos disponíveis: uma, nem mais nem menos!
Se fosse possível encomendar outras, eu mandava vir – lá dos sítios de onde vêm vidas – no mínimo, mais duas.
Numa delas seria músico, sem dúvida. Talvez até cancelasse a encomenda da segunda. A música é uma das minhas grandes paixões. Dirão alguns não correspondida e terão, por ventura, razão mas não posso fazer nada contra isto: gosto mesmo de cantar! Deixar o trinar de uma guitarra portuguesa conduzir-me o espírito, incentivar o ritmo a tomar conta do meu estado de espírito, ver onde levam aquelas palavras e, sobretudo, brincar com a minha voz: sentir que o que aquilo que estou a sentir inunda a minha garganta, faz vibrar os meus tímpanos – pelos dos outros não me responsabilizo – e me dá, em dobro, o sentimento que lhe quis dar. Não queria ser um músico famoso! Gostava apenas de ter formação musical, de dar alguma “ciência” à paixão que tenho … talvez tocar medianamente um instrumento e, quem sabe, compor.
Na outra gostava de ser arquitecto. Acho formidável a capacidade que eles – pelo menos alguns – têm de, frente a uma folha de papel assustadoramente branca, idealizar todo um espaço ou edifício com soluções capazes de maravilhar qualquer observador (ainda fico meio atordoado ao olhar para a pala do Pavilhão de Portugal de Siza Vieira). Gostava de ter essa capacidade de mudar os espaços, de tornar uma zona industrial decadente numa EXPO 98, de traçar a esquadria de uma baixa pombalina, de criar um Municipal de Braga ou um Estádio do Dragão – só para citar exemplos lusos. No fundo, de contribuir para um mundo exterior agradável que pudesse ajudar a mediar alguns mundos interiores menos satisfeitos.
Não acho isto nada bem! Devíamos ter direito a mais …
Quantas vezes é que se consegue achar piada à seguinte frase entoada em coro: "Ladies and gentelmen: p*** que pariu! Oube lá, é pró b****. Mai'nada!" ?
Eu não sei quantas vezes é que achei piada mas já não acho, nenhuma!
Foto-montagem por Srđan: actuação na meia-final do ESC 2004
Tenho lido diversos comentários elogiosos sobre a música que serve de Som do Pensamento. Decidi, então, fazer este post - Deus sabe o trabalho que me deu - e falar um pouco sobre as origens desta música.
Trata-se da música concorrente pela Sérvia e Montenegro ao Festival Eurovisão da Canção (ESC) 2004, que acabou num honroso e não menos injusto 2º lugar, atrás de uma espalhafatosa actuação da Ucrânia.
Na minha opinião, é realmente uma música lindíssima: uma melodia agradavelmente tranquilizadora, uma base instrumental invulgarmente rica (interpretada pelo grupo Ad Hoc) como suporte à voz de timbre forte e seguro de Željko Joksimović. E, por fim, uma letra ... bem, uma letra menos acessível aos ouvidos de um português.
Por isso, resolvi trazer-vos aqui, uma tradução para português.
Um agradecimento muito especial ao Srđan por me ter ajudado em tudo isto e por gostar tanto do nosso Portugal e da nossa música, mesmo sem nunca ter conhecido o país. (Srđan hope your portuguese is good enough to understand this! Thank you once more)
Diz-se que não se discutem, mas eu vou quebrar a regra por um bocado. Ontem "rodou" na RTP 1 o filme «Shakespeare in Love». Na minha opinião (que é como quem diz para os meus gostos), o filme até nem é mau mas nunca me conseguiu convencer. Tudo bem, o elenco é agradável à vista, o argumento e os desempenhos não envergonham ninguém. Mas, à excepção de mais um brilhante e majestoso (no duplo sentido que o adjectivo pode aqui assumir) desempenho de Judi Dench como Queen Elizabeth I - Oscar para Melhor Actriz Secundária -, ofilme não tem nada que, aos meus olhos, consiga justificar o Oscar para melhor filme! Mais ainda num ano (1998) em que estavam também a concurso filmes como:
A meu ver (e lá vem a história dos gostos outra vez), mais estranho ainda foi o Oscar para Melhor Actriz ir para as mãos da jovial e americana (facto que deve ter sido importante) Gwyneth Paltrow, quando Cate Blanchet teve um desempenho notável e marcante no «Elizabeth».
Gostos...
PS: Tenho para mim que 1998 foi dos melhores anos cinematográficos que tive a oportunidade de viver.
Avisam-se os caros leitores que René e companhia voltaram à televisão portuguesa.
Podem vê-los de 2ª a 5ª feira na nova SIC Comédia, pelas 18:00.
Hoje vi o primeiro episódio da série, que nunca tinha visto, onde é apresentado o início de todo aquele enredo! Excelente! Adorei! E ainda nem sequer entrou em cena o meu personagem favorito: o polícia que troca as vogais, com frases tão desconcertantes como "long distance dick(duck)" ...
Àqueles que gostam de bom humor e que se encontram razoavelmente desocupados nesta fase da vida aconselho sem reservas: «Allô Allô».
PS: parece que o episódio repete às 04:00 do dia seguinte! Uma achega para noctívagos e para os que tenham insónias.
Estou por onde templários estiveram
onde a água e a ilha também vos esperam.
Fico assim sem me mover,
para os que me quiserem ver.
Como quem olha para o mundo,
abrindo para um capítulo de memória:
espero que todos me conheçam
e descubram minha história.
Sou do Manuel e de Jesus,
de todos vós e dos que hão de vir Sou bela e apreciada,
decifrem lá esta charada.
Tenho recebido vários agradáveis comentários sobre oa música que serve de pano de fundo sonoro aos «Pensamentos Diversos». Estou inclusivé a trabalhar numa tradução da letra que tenciono publicar logo que possível.
No entanto, não é minha intenção, não obstante parecer ser do agrado da muitos leitores, manter esta música cá para todo o sempre.
Assim, serve o present post para pedir a coloboração dos leitores na escolha da música que será o próximo «Som dos Pensamentos». Na secção "Sondagem de Opinião" poderão votar numa das seguintes hipóteses:
Depois do post O Código senti que tinha cometido uma injustiça para com o livro de que mais gostei nos últimos tempos: «O Último Cabalista de Lisboa» de Richard Zimler - Quetzal Editores.
Antes de mais, como é que cheguei ao livro? Um fim de tarde, voltava eu a casa e ouvia o «Pessoal e ... Transmissível»na TSF (podem ouvir a entrevista no link). O entrevistado era um escritor: Richard Zimler- não conhecia! Apesar de desconhecimento fiquei logo interessado pela biografia: um escritor norte-americano, graduado em história e religões comparadas que, após inúmeras tentativas frustradas de publicar o seu primeiro romance nos EUA, vem para Portugal - para o Porto, que descreve com paixão - consegue publicar o livro no nosso país, livro esse que se torna num best-seller mundial. Movido pela inteligência da entrevista e, confesso, talvez mais importante, por um saudável bairrismo (o senhor gosta do Porto e foi em Portugal que as coisas começaram a "correr bem") decidi-me a comprar o livro.
O livro fascinou-me! Já por algumas vezes, trouxe aos «Pensamentos Diversos» excertos (1,2) porque vi-me, várias vezes, surpreendentemente identificado com aquelas palavras. A acção decorre em Lisboa, Abril de 1506, durante a perseguição aos judeus do reino e baseia-se em escritos que o autor encontrou em Istambul. A história é a de um jovem judeu envolvido num mistério que tem que desvendar, em jeito de policial, mas de uma perspectiva algo diferente: mais emotiva, mas nem por isso, menos intrigante. A mim fez-me reviver Lisboa, deu-me a conhecer o misticismo judaico e a cabala e pos-me a pensar que no mundo actual, todos os países, raças e credos têm os seus telhados de vidro!
Aconselho vivamente a leitura.
PS: Há já um segundo romance histórico editado: «Meia-Noite ou O Princípio do Mundo» - que tenciono ver em breve.
Ontem li (aqui) um artigo de opinião sobre uma alegada tentativa de "matar" o «Contra Informação»,graças à constante e aleatória mudança da hora de emissão do programa. Eu sou fã incondicional do programa mas, de facto, com tanta alteração no horário, é raro acertar com a hora em que passa à semana. Já a edição (alargada) de fim-de-semana costuma ir para o "ar" de uma forma mais regular ("à volta" do Telejornal!) e aproveito, quase sempre, para ver.
Aquele conjunto de bonecos é, na minha opinião, dos melhores programas de humor que já passaram na TV portuguesa. No "ar" há mais de 5 anos, têm sempre autênticas tiradas de génio abrangendo, com inegável habilidade, todos os quadrantes políticos e os nichos mais caricaturizáveis da sociedade lusa, tudo is com uma notável capacidade de actualização.
No fim-de-semana passado, o "Contra" foi especialmente bem conseguido (tenho pena não ter um video para vos mostrar) abordando claro, entre outras coisas, o - não sei, honestamente, como adjectivar - caso do Professor Marcelo.
Como não tenho forma de mostrar o quão hilariante foi o que vi, deixo aqui um pouco da PUBLICIDADEem que, num café com um telemóvel na mão e rodeada de outros bonecos, a "Ministra MariaDeslocada Seabra" cantava num tom abrasileirado:
Ontem, finalmente e depois ostensivamente aconselhado por vários amigos meus, comecei a ler o tão afamado «O Código da Vinci»de Dan Brown. De facto, parece que os meus amigos tinham razão. Estou a adorar: li quase 200 páginas de enfiada e, não fora a certeza de que hoje pareceria ainda mais zombie do que aquilo que pareço já, não teria parado de ler até acabar. O enredo está muito bem estruturado (à parte da solução simples de intercalar pequenos capítulos de uma acção paralela, mas não menos importante para o desfecho, com a acção principal e verdadeiramente intrigante) e repleto de factos históricos e míticos, o que é bastante do meu agrado como leitor. Já não sentia esta sede de desvendar mistérios desde que li, o também absolutamente genial, «O nome da rosa» de Umberto Eco. Curiosamente, ambos andam à volta de alguma obscuridade da Igreja ...
PS: agradeço aos caros leitores o favor de não me desvendarem nada da história. Agradecido!
Tão belo e jovem que de mim se fizeram quadros mas não queiram ser como eu a vida é muito longa, cheia de maus bocados. Negociar com o diabo nem sempre vale a pena podes acabar por "vendê-la" mesmo quando não é pequena. Rodeado de cavalheiros todos eles extraordinários fui para o cinema, na minha condição: não há aventura que tema! Nunca recebi nenhum Oscar mas um Oscar me deu ao mundo Quem sou eu?
Já aqui dei conta da preplexidade que me assola cada vez que penso nos contornos da II Grande Guerra Mundial e da minha sensiblidade a estes assuntos graças a alguns factos pessoais.
Ontem, em casa de uns amigos, revi a parte final do fantástico «La Vita è bella» («A vida é bela»). Mais uma vez, vi a razão e o coração alternarem entre a profunda indignação e inquietude face ao que se passou naqueles negros tempos e a ternura que aquele argumento transmite de uma forma tão emotiva e "alegre". Eu, que nem sou grande adepto do - a meu ver demasiado efusivo Roberto Benigni - sou obrigado a classificar este filme da mesma forma que um amigo meu ontem o fazia: uma obra prima!
Os que me conhecem sabem que nunca morri de amores por esta estação televisiva - confesso, até, que o sentimento se tornou uma espécie de preconceito e desconfiança face a quase tudo o que vem deste canal. Mas eles também teimam em não ajudar nadinha ...
Alguém é capaz de explicar como é que em horários decentes podemos ver a tal «Quinta das "Inutilidades"» e um rol de séries de ficção portuguesa, muitas delas de qualidade duvidosa (é dos poucos casos em que sou obrigado a anuir que nem tudo "o que é nacional é bom"!), e às 2:30 vai "para o ar", de enfiada, um episódio de «West Wing» («Os Homens do Presidente») e de «Will & Grace»?!!!!
Bem sei que a opção dá mais audiências, mas estas 2 séries de culto estão carregadinhas de Emmys (prémios e nomeações) e devem ter sido caríssimas. Pelo menos podiam pegar no dinheiro que deram por elas e doá-lo a uma qualquer causa nobre. Assim como assim, só pessoas que padeçam de insónias e desocupados como eu é que as conseguem ver!
PS: abstenho-me, de forma pacifista, de comentar a duração dos intervalos.
Inspirado no blog que mais aprecio: Avenida dos Aliados - e seguindo um conselho de um dos seus autores (JRP), vou iniciar aqui um espaço de enigmas, cuja periodicidade vai depender exclusivamente do ... acaso! Não tenho a presunção de algum dia alcançar a excelência dos meus inspiradores mas espero ter a capacidade de criar aqui um espaço de algum interesse onde as pessoas possam exercitar os seus conhecimentos diversos. Assim sendo, aqui vai:
Enigma 1:Quem sou eu?
Aqui, nado não fui,
mas há algo que aqui me liga
se o "Miguel" me apanha
ainda me castiga!
Ai! como gosto de conversar,
na sala, no salão tanto faz
...e se me pusesse a escrever?
Será que sou capaz?
Andei fugido uns tempos
neste país não podia viver,
mas hei cá voltar
para o «Panorama» mudar!
PS: talvez seja fácil ... mas é só o primeiro, a modos de experiência!
Na semana em que o FC Porto perdeu para a Champions League trago aqui dois "recortes" do jornal «O JOGO» de Sexta-feira.
O primeiro é um comentário de Jorge Maia que achei interessante e razoavelmente equilibrado.
"Eu não acredito em bruxas, apesar de já ter visto algumas mulheres fazerem coisas muito estranhas com vassouras... mas como dizia, eu não acredito em bruxas e até tenho o mau hábito de negar à partida ciências que desconheço, mas que há coincidências muito coincidentes, lá isso há. Há um ano, o FC Porto tinha acabado de jogar a segunda jornada da Liga dos Campeões, tal como agora. E, tal como agora, contava apenas um ponto, na altura um ponto arrancado ao Partizan, em Belgrado, na jornada inaugural. Na segunda jornada, os portistas tinham perdido em casa - ainda no Estádio das Antas - por 3-1 contra o Real Madrid, o mesmo resultado do confronto com o Chelsea na quarta-feira. Mas as coincidências não se ficam por aí. Há um ano, o Real Madrid era treinado por um português, tal como o Chelsea é agora. E há um ano, tal como agora, havia quem tivesse concluído que a derrota à segunda jornada não só colocava um prematuro ponto final nas aspirações dos portistas ao apuramento para os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, como provava para lá de qualquer dúvida razoável que havia uma diferença entre o treinador do FC Porto e o treinador do Real Madrid. Haveriam de concluir mais tarde que, de facto, há uma diferença entre José Mourinho e Carlos Queiroz, mas teriam que esperar pela saída do primeiro do FC Porto para o Chelsea para a poderem confessar abertamente sem correr o risco de censura pelos provedores de serviço. Durante algumas semanas, ironizou-se com a falta de coragem de Mourinho frente aos Galácticos de Queiroz e respirou-se de alívio perante a perspectiva de, pelo menos lá por fora, haver quem pusesse aquele tipo arrogante no seu devido lugar. A história que depois se escreveu, como todos sabemos, forçou muito boa gente a engolir sapos de todos os tamanhos e feitios.
Há um ano, tal como agora, o terceiro adversário dos portistas na liga milionária era uma equipa francesa, na altura o Marselha, agora o Paris Saint-Germain. Coincidência? Pode ser. Pode ser que as coincidências fiquem por aqui ou pode ser que não. Mas agora, tal como há um ano, há para aí muito quem espete agulhas em bonecos voodoo. A única coisa que mudou foi a personagem. "
O segundo é uma notícia honrosa para o clube:
"O FC Porto foi distinguido ontem, durante o jantar de encerramento do X Congresso de Ciências do Desporto e da Educação, pelos países de língua portuguesa, como entidade que mais se destacou na promoção da portugalidade através do desporto. O galardão foi entregue este ano pela primeira vez, a Fernando Gomes, em representação do clube, numa cerimónia a que assistiram a quase totalidade dos congressistas".
Se há por aí tanta gente que vive do passado há 10 anos. Acho que aguento viver algum tempo com as glórias do ano passado!
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